Aplicar fórmulas mágicas na pele, submeter-se a procedimentos estéticos, beber a quantidade ideal de água e dormir bem diariamente compõem o rol de hábitos capazes de beneficiar a saúde e prevenir o envelhecimento. Mas, seguindo o lema “a gente é o que come”, a alimentação pode ser a chave para o organismo funcionar bem, além de servir como uma fonte da juventude. É de conhecimento que frutas, legumes, verduras e grãos devem ser consumidos todos os dias, entretanto, fica a dúvida sobre o oposto: quais alimentos se enquadram como um veneno ao organismo?
O médico Pedro Andrade, especialista em envelhecimento saudável, expert em medicina e nutrição de precisão, citou seis alimentos considerados os piores vilões para a saúde, consumidos com frequência pelos brasileiros. Confira abaixo as comidas perigosas e trate de substitui-las o quanto antes!
1 — Farinha branca
Conforme explica o médico, o uso da farinha branca é associado a vários problemas de saúde, como desequilíbrio das taxas de açúcar no sangue, aumento de processos inflamatórios e desequilíbrio de pH. Pedro avisa que o alimento pode causar a elevação dos índices de colesterol ruim na corrente sanguínea, o LDL. Isso ocorre devido ao rápido crescimento de açúcar no sangue e da maior estocagem de gordura.
O especialista em envelhecimento esclarece que os fabricantes do produto costumam rotular como farinha enriquecida a branca com adição de algumas vitaminas e nutrientes. Entretanto, as substâncias adicionadas não compensam as que foram perdidas no refinamento. “Normalmente, são acrescentados 4 ou 5 nutrientes ao custo de 10”, explica Pedro Andrade.
O médico recomenda substituir os itens feitos com farinha branca pela integral. A troca conserva naturalmente os nutrientes e fibras originais do alimento. “Com grandes pontos negativos a respeito do ingrediente, existem no mercado outros tipos do produto, que podem ser utilizados no lugar”, salienta. Pedro lista a farinha de coco, capaz de melhorar a função intestinal; a de linhaça, rica em antioxidantes e previne o colesterol alto; e a de quinoa, fonte de proteínas e aminoácidos essenciais ao bom funcionamento do organismo.
2 — Açúcar refinado
“Que o açúcar faz mal à saúde todos nós já sabemos, mas o refinado, pelo processo de produção, pode ser ainda mais nocivo”, ressalta o expert. De acordo com Pedro, quem consome grandes quantidades do ingrediente tende a ficar com a memória e a capacidade de concentração alteradas em pouquíssimo tempo: “Causa danos irreversíveis”, garante. O médico compara o alimento com entorpecentes: “O açúcar vicia tanto quanto o cigarro, o álcool e as drogas”.
Como dispõe de um potencial altamente calórico, o componente provoca sérios problemas de saúde, por exemplo, desregulação da pressão arterial, desequilíbrio do metabolismo e disfunção hepática. Não só isso. O coração está no topo do “ranking” dos órgãos mais afetados pela exagerada ingestão de doces e bebidas com grande concentração de açúcar. “O risco de desenvolvimento de doenças cardíacas é altíssimo, por isso, a importância de eliminar esse alimento da dieta”, aconselha Pedro.
Quem ama saborear guloseimas adocicadas ficará assustado com o alerta do especialista em envelhecimento: “O consumo de açúcar refinado em excesso pode diminuir o tempo de vida em cerca de 20%”. O médico orienta extinguir o produto do plano alimentar o quanto antes. Como há pessoas que têm a necessidade de sentir o sabor doce, o expert aconselha fazer substituições menos prejudiciais para a saúde. Ele sugere o mel, stevia, xilitol e açúcar de coco como alternativas.
3 — Embutidos
Os embutidos não fazem parte dos itens saudáveis que compõem uma alimentação rica em nutrientes, muito pelo contrário, são praticamente letais ao organismo. Pedro enfatiza que esses alimentos acarretam as doenças mais conhecidas do mundo, como o câncer, hipertensão e colesterol. “Na composição, contém excesso de sal, gordura e substâncias nocivas à saúde”, sustenta.
Componentes usados no preparo dos embutidos, os conservantes são prejudiciais ao bom funcionamento do organismo. Tóxicos e altamente cancerígenos, têm por objetivo aumentar a durabilidade dos produtos. Esses alimentos acumulam também substâncias usadas para melhorar o sabor, cheiro e texturas, que podem causar alergias e intolerâncias.
4 — Margarina
Desenvolvida no século 19 como substituta mais barata da manteiga, a margarina é uma mistura de gordura vegetal hidrogenada, corantes e outros aditivos. “A gordura trans presente no ingrediente está entre as piores vilãs da saúde, pois o corpo não consegue processá-la como faria com alimentos naturais”, reforça o médico. O profissional adverte que o consumo do ingrediente tende a causar desequilíbrio no organismo.
Segundo o especialista, o consumo de gordura trans gera desequilíbrios à saúde. Eis alguns deles: disfunções imunológicas, danos ao fígado, distúrbios digestivos, doenças cardíacas e o aumento do risco de infarto e de câncer. Como se não bastasse acarretar os problemas anteriores, a ingestão do alimento tem relação com transtornos do metabolismo do mau colesterol. É o caso da elevação da taxa do LDL.
5 — Refrigerante e suco de caixinha
Pedro frisa que, nos últimos anos, estudos médicos têm trazido cada vez mais informações sobre os prejuízos desencadeados pelas bebidas adoçadas artificialmente. Os refrigerantes e os sucos de lata ou caixa integram a lista perigosa. Uma pesquisa feita pela Sociedade Europeia de Endocrinologista mostrou que devido ao efeito estimulante, tanto o refrigerante normal quanto o zero podem potencializar o risco de desenvolvimento de diabetes.
O expert argumenta a respeito do consumo regular está ligado a descalcificação de ossos e dentes, além de despertar problemas digestivos. “Quem não dispensa uma bebida gaseificada, apesar disso, deve optar pelas versões que levem adoçantes naturais, como o xilitol e stevia, ou misturar frutas na água com gás”, propõe o especialista.
6 — Macarrão instantâneo
Costuma preparar um macarrão instantâneo quando não há arroz e feijão prontos na geladeira? Depois de ler a explicação do médico, certamente, mudará de ideia. “O consumo frequente do alimento leva ao surgimento de diversas alterações na saúde ao longo do tempo. Aumento do peso, da pressão arterial e da acidez do estômago são apenas alguns dos transtornos resultantes da ingestão do produto.
A longo prazo, o corpo pode desenvolver a síndrome metabólica e, até mesmo, problemas renais. “É recomendado evitar ao máximo o consumo desse tipo de comida, optando por alimentos mais saudáveis e, se possível, preparados com pouco sal. Prefira saladas frescas e legumes cozidos”, indica o expert. Por fim, um adendo do médico: o macarrão instantâneo dispõe de grande quantidade de gordura, e é inimigo de quem quer emagrecer.
Da Redação
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